sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

COMO ANDA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA?

Muitas são as críticas de pais sobre a Educação Brasileira. Acham o ensino atual fraco, reclamam que as crianças não aprendem nada, que no tempo deles é que a Educação era boa. Esquecem-se que o mundo é dinâmico e globalizado; está em contínua mudança e descobertas, nada é eterno, mas em constante transformação e que o pensamento educacional, a ideologia, a metodologia, - isso tudo tem que atender à necessidade do mercado. Portanto os pais deveriam se inteirar mais sobre o processo educacional, conhecer a Proposta Pedagógica que rege a Escola que o filho(a) frequenta, conhecer a metodologia usada pelos professores, a formação e o conhecimento dos docentes e principalmente se o material pedagógico utilizado ajudará na construção dos saberes de seus filhos(as).

Cabe ao professor (a), fazer a análise criteriosa do livro a ser adotado, visto que atualmente, a pluralidade de métodos e procedimentos repletos de adversidades, confunde o docente que necessita estar sempre se atualizando e se familiarizando com os livros, para ter segurança necessária, ao explorá-los; descartando o que for desnecessário para o momento. O grande problema nas escolas da rede pública de ensino, é que nem sempre os professores se reúnem para escolher os livros, embora as editoras os enviem com antecedência. São vários os motivos alegados: não tomaram conhecimento; não foram convidados; não tiveram tempo e por aí vai... Sem uma análise prévia do livro a ser usado, não é possível em nenhum momento, selecionar conteúdos, planejar adequadamente, aplicar a priori, o que for mais interessante para a realidade emergente do alunado, do seu contexto social e histórico, seu conhecimento prévio etc... Essa atitude poderá nortear o trabalho educativo, proporcionar melhores condições de aprendizagem e consequentemente melhor qualidade do processo educacional como um todo.

É necessário que os pais conheçam o livro didático usado na escola de seu filho(a) e se o mesmo foi escolhido pelos professores que vão atuar no ensino-aprendizagem deles. Se o livro está de acordo com a realidade, vivência, com o conhecimento e capacidade de entendimento de seus filhos.

Diagnósticos realizados a respeito da ineficiência do ensino fundamental têm desconsiderado o fato de que entre os personagens – professor/aluno encontra-se um instrumento essencial: o livro didático que deixa de ser apenas um dos recursos didáticos, para ser praticamente o único instrumento de (in)formação disponível tanto para o aluno quanto para o professor.

É preciso ficar claro aos pais que o livro didático por si só não faz milagres e que se assim fosse os seus filhos não precisariam frequentar a escola, bastaria ter o livro e/ ou uma apostila nas mãos para que a aprendizagem acontecesse. O importante mesmo é investir no professor através de cursos de capacitação para que ele possa desenvolver um trabalho de ensino-aprendizagem coerente com as necessidades dos alunos e da realidade atual.

Naturalmente, como agentes do processo ensino-aprendizagem, professor e aluno constituem peças fundamentais para o sucesso da escolarização. Um professor mal formado e/ou mal remunerado não estará apto nem motivado para desenvolver práticas pedagógicas produtivas. Por outro lado, nenhum professor, assim como nenhuma prática pedagógica serão capazes de suprir as carências de uma população socialmente excluída e, consequentemente, desestimulada para a aprendizagem.

Cabe então, em todos os casos, selecionar, analisar e construir o aparato pedagógico, pois, para ser um bom professor, a didática deve estar sempre aliada aos conhecimentos específicos.

Reflitam sobre isso.

NEUZA MARIA PENHALVES GRAZIANI.

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